quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Mais um título no Japão: Inter vence Oita Trinita


Mais um título no Japão: Inter vence Oita Trinita e conquista a Copa Suruga
No mesmo país onde foi campeão do mundo, Colorado mantém sequência de títulos internacionais ao bater japoneses por 2 a 1 E este é o restante dela.
Colorado Sandro passa por dois adversários. Seja no calor de dezembro, seja no frio de agosto, acordar cedo para ver o Inter jogar no Japão virou um prazer para os colorados. No mesmo país em que conquistou o Mundial em 2006, o time ganhou nesta quarta-feira a Copa Suruga, reunião entre o vencedor da Sul-Americana e o campeão da Liga Japonesa. O título foi garantido com vitória por 2 a 1 sobre o Oita Trinita.
Alecsandro e Andrezinho fizeram os gols gaúchos no segundo tempo. O Oita descontou com Higashi. O título, mesmo sendo de menor expressão, garante ao Colorado a sequência das recentes conquistas internacionais. Desde 2006, o Inter levanta pelo menos um caneco estrangeiro. A Copa Suruga soma-se à Libertadores, ao Mundial, à Recopa, à Copa Dubai e à Copa Sul-Americana. O clube gaúcho ainda embolsou cerca de R$ 360 mil de premiação pela vitória.
Com a taça na bagagem, o Inter chega a Porto Alegre na sexta-feira. O próximo jogo é em dia inusitado: na segunda-feira, às 21h, contra o Sport, no Beira-Rio. É o reinício da caminhada vermelha na luta pelo título do Campeonato Brasileiro.
O Inter começou o jogo sonolento, como se ainda estivesse perdido com o fuso. A equipe gaúcha demorou a se acostumar com a partida. Os primeiros minutos foram todos do time japonês – com a exceção de um gol de Alecsandro anulado por impedimento.
O time local, como era previsível, explorou a velocidade, marca do futebol japonês. A zaga vermelha bateu cabeça algumas vezes, mas nada a ponto de assustar a equipe de Tite. O Oita mostrou fragilidade ofensiva. Girou muito, criou pouco. O Colorado contou com a habitual correria de Guiñazu, mas viu figuras como Giuliano atuarem abaixo do necessário.
Com o passar do tempo, o Inter entrou no jogo e passou a utilizar as jogadas aéreas como arma. Os cruzamentos, saídos especialmente de Kleber, não foram bem aproveitados. Alecsandro, aos 28 minutos, cebeceou a bola para o chão. Ela quicou e saiu sobre o gol.
A melhor chance do Inter foi aos 33 minutos. Em lançamento saído do meio, a zaga japonesa se atrapalhou e permitiu que Taison, mais rápido, desviasse na saída do goleiro. A bola saiu por pouco.
Inter abre 2 a 0 e leva pressão
O Inter garantiu o título no segundo tempo. Alecsandro, logo com quatro minutos, colocou a equipe de Tite na frente. Foi em lançamento primoroso de Andrezinho, que viu espaço para a ação do centroavante entre os zagueiros japoneses. Alecsandro dominou e mandou chute forte, preciso, no fundo do gol de Nishikawa: 1 a 0.
Estava bom. E ficou melhor logo depois. Aos 13 minutos, Bolaños (que entrou no lugar de Taison, lesionado) acionou Andrezinho pelo meio. O articulador dominou, olhou o gol adversário e decidiu mandar o chute. E que chute! A bola explodiu no travessão e entrou. Golaço do meia, que estava machucado até a véspera do jogo e foi escalado de última hora.
Aí os jogadores do Inter devem ter lembrado que o clube não conquista títulos sem grandes doses de emoção. O Colorado parou em campo e deixou o Oita, lanterna do Campeonato Japonês, reagir. Higashi, com 14 minutos, passou por Índio com uma facilidade assustadora e fez o gol. A partida recomeçava.
Virou pressão. O Inter ficou acuado e teve que conviver com a ânsia de empate do adversário. O Oita passou a circular pelos arredores da zaga vermelha. E deu um susto daqueles no colorados aos 19 minutos. Morishige subiu bem e mandou no travessão de Michel Alves. Quase.
Preocupado, Tite deixou o time mais precavido. Danilo Silva entrou no lugar de Giuliano. O Oita seguiu na pressão e só não empatou porque Michel Alves fez milagre em cabeceio à queima-roupa de Tsubouchi. Alecsandro, quase em cima da linha, ainda desperdiçou a chance de dar ao Inter uma vitória mais tranquila.
Mas o gol não fez falta. Mesmo com sustos, o Inter conseguiu segurar a onda do adversário para comemorar mais um título no ano de seu centenário.

Árbitro: Choi Myung Yong (Coreia do Sul).
Auxiliares: Choi Min Byoung (Coreia do Sul) e Yoon Soon Yong (Coreia do Sul).

A PROPÓSITO: ACHO QUE O NILMAR NEM FEZ FALTA; MAIS UMA PROVA DE QUE NINGUÉM É INSUBSTITUIVEL.
TUDO PASSA.