domingo, 23 de novembro de 2008

Brasil decidiu partir para o ataque contra as acusações de maior devastador ambiental do mundo. Um estudo daEmbrapa Monitoramento por Satélite,

O Brasil decidiu partir para o ataque contra as acusações de maior devastador ambiental do mundo. Um estudo daEmbrapa Monitoramento por Satélite, feito a pedido do Ministério da Agricultura, mostra que o País é dono de 28,3%das florestas primárias do mundo. Há cerca de oito mil anos, eram apenas 9,8%. Isso quer dizer que a pecha de vilãose deve ao fato de o Brasil, que preservou 69,4% das florestas primitivas, ter desmastado mais áreas quando haviamais ambientalistas prestando atenção. A Europa, por exemplo, mantêm apenas 0,3% da sua vegetação original. Isso nãosignifica que o Brasil seja completamente inocente. Outra pesquisa, feita pela Fundação SOS Mata Atlântica e o InstitutoNacional de Pesquisas especiais (Inpe) mostrou que apenas 6,98% da vegetação original da Mata Atlântica no País foipreservada. O que não é culpa apenas da agricultura e da pewcuária. “É preciso parar com esse negócio deacusar o Brasil de desreipetar o meio ambiente”, disse o ministro da Agricultura Luís Carlos Guedes Pinto. Dos 64milhões de quilômetros quadrados de florestas existentes no planeta antes da expansão demográfica, restam menos de15,5 milhões, ou seja, cerca de 24 %. O que diferencia o Brasil das outras nações pe que a preocupação com a preservaçãoflorestal não é um fenômeno recente. Desde o século XVI, no início da colonização portuguesa, foram estabelecidos limitespara a exploração de terras, águas e vegetação. “Em 1550 já havia lista de árvores reais protegidas por lei. Oregimento do pau-brasil, de 1600, estabeleceu o direito de uso sobre as árvores, mas não sobre as terras, consideradasreservas da Coroa”, explicou Evaristo Eduardo de Miranda, chefe-geral da Embrapa Monitoramento por Satélite.A exploração do pau-brasil era feita mediante concessão e quem ultrapassasse os limites estabelecidos era repreendidocom punições que iam do chicoteamento à execução. “Em 1830, o total de áreas desmatadas no Brasil era inferior a30 mil quilômetros quadrados. Hoje, a cada dois anos, corta-se uma área desse tamanho”, disse o pesquisador. Na metade do século XIX, o Brasil ainda tinha cerca de 95% das florestas originais. A situação se agravou entre 1985 e1995, quando a Mata Atlântica perdeu mais de um milhão de hectares. “O estudo não pode ser usado para repetir oerro dos outros”, disse Miranda. Mesmo com os novos dados, entidades brasileiras do agronegócio se engajarampara impor limites ao avanço da soja na Amazônia. A Associação Nacional das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e aAssociação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec) resolveram não comprar o grão da safra plantada a partir deoutubro de 2006 em áreas desmatadas dentro do bioma amazônico, numa espécie de moratória. Não resolve o problema,mas pode ser um começo.Fonte: Revista Dinheiro Rural / Ano 4 - Edição 027http://www.istoeamazonia.com.br - Isto é Amazonia - O Portal da FlorestaPowered by MamboGenerated: 15 November, 2008, 18:55